CAUSOS CAIPIRA


25/04/2012
MINERIN
Perguntaram ao mineiro:
- Diz aí um verbo!
Ele pensou, pensou e respondeu indeciso:
- Bicicreta.
- Não é bicicreta, seu mineiro burro, é bicicleta. E bicicleta não é verbo!
Perguntaram a outro mineiro:
- Diz você aí um verbo!
Ele também pensou, pensou e arriscou ressabiado:
- Prástico.- Não é prástico, ô mineiro burro, é plástico. E plástico não é verbo!
Perguntaram a um terceiro mineiro:
- Diz aí um verbo!
Esse aí nem pensou:
- Hospedar.
- Muito bem! Até que enfim um mineiro inteligente. Agora diga aí uma frase com o verbo que
você escolheu.
O mineiro encheu o peito de coragem e mandou bala:
- Hospedar da bicicreta são de prástico


30/03/2012
 Visto e ouvido naquela venda de portas abertas para o estradão:
 
 No balcão da venda:
—Seu Manuel, dá uma pinga...
—Mas, quem vejo! Pedro Bento!
—Pois é, seu Manuel, vim tomar uma pinguinha...
—Pois não! Aqui está! Mas o senhor é o senhor mesmo, Pedro Bento? E o que me conta?
E o Zé?
—É da estrada.
—Já ficaram ricos? Que me dizem?
—Só o Zé.
—Zé, rico?
—Milionário!
—E você?
—Estive entre os índios. Sabe que consegui até posto de comando entre eles?
—Cacique?
—E Pagé!
—Nossa! E agora?
—Estava com Zé Rôia e Chiquinho, campeando e tocando gado, mas não deu
certo.
—Mas porquê, Pedro Bento?
—Aconteceu, sabe... o Zé Rôia.
—O que houve com ele?
—Caiu do cavalo.
—Nossa! E ele se machucou, Pedro Bento?
—Foi dentro do valo e a boiada pisou.
—Virgem Santa! E agora?
—Ficou eu e o Chiquinho, tocando a boiada.
—Então vocês estão viajando pela estrada?
—Nós, não, somente eu.
—Mas, porquê, homem?
—Numa tarde de rodeio, Chiquinho bebeu, não me obedeceu, pulou no picadeiro.
Aí, num relance, até atirei na rês!
—Ê?
—A vaca tremeu, mas no pulo que deu - paf! - matou meu companheiro...
—E agora?
—Por onde eu passo o povo pergunta por nós três. Eu fiquei sozinho, tocando a boiada. 
Aí, parei com isso.
—É pena.
—E sabe do Tinoco?
—Nunca vem aqui na venda, é homem ocupado, mesmo com a idade. Mas é boa-gente:        se quiser ir até ele, ele lhe recebe.
—É que me alembrei dele agorinha mesmo. E, cada vez que eu me alembro dele e do Tinoco, me dá uma tristeza, uma vontade de chorar, lembrando aqueles tempos que nunca mais hão de voltar. Dois caboclos bons e decididos, na viola, doloridos.
—É, seu Pedro Bento, eu também tenho tristeza, recordando das proezas, das viagens e motins. Viajamos mais de dez anos por esse rincão sem fim. Mas, porém chegou o dia, que Tinoco apartou-se de mim.
—Tem sabido dele?
—Fizemo a última viagem. Foi lá pro sertão de Goiás. Fui eu e ele e também foi o capataz. Viajemo muitos dias prá chegar em Ouro Fino. Depois da festa do divino, não vi mais ele.
—Soube que ainda toca viola cabocla, aquela que não era lembrada.
—E a Moreninha?
—Vive fazendo um juramento para ela, de nunca mais ter amor, prá viver, penar, chorando, por todo lugar que for.
—Pensei que ele tivesse pego a besta ruana, prá trazer a curitibana, que está no Paraná...
—Pois, é...
—Soube do Almir?
—Pegou o trem e foi do Pantanal rumo a Santa Cruz de la Sierra.
—É pena.
—Pena branca! É essa aqui que está no meu chapéu, veja. Achei-a de uma garça que deu meia-volta e sentou na beira do cais. Se soubesse que o Almir estava por aqueles lados... justamente quando entrei no Mato Grosso, dei em terras paraguaias. Foi terrível: lá tinha revolução. Enfrentei fortes batalhas.
—É mesmo?
—É. Agora sabemos que o medo viaja também por todos os trilhos da Terra.
—E o que pretende fazer de hora em diante?
—Ir até Mococa, descansar. Conhece?
—Mococa e paraíso, assim, ó...
E Pedro Bento, colocando seu sombreiro, foi saindo da venda, acrescentando por fim:
—Somente ficar ouvindo o piar do inhambu nas tardes serenas.
—O xintãozinho?
—E Chororó.

texto: Luiz Viola (http://violasertaneja.sites.uol.com.br)

12/03/2012
Conversa dos Bichos de Rolando Boldrim:

O Zequinha, menino de uns 10 anos de idade, era na fazenda do meu padrinho o que se pode chamar de “charrete boy”. Na cidade tem o motoboy, não tem? Então! Nas fazendas tem – ou tinha naquele tempo, que já vai longe – o charrete boy. O menino que com a charrete do fazendeiro vai buscar as coisas ou as pessoas na cidade.

Pois naquele dia o Zequinha tinha ido buscar na cidade o Padre Antônio, que estava iniciando sua temporada por lá. Era um padre novo e tinha uma particularidade que a gente só ficou sabendo depois desse causinho que tô contando aqui e agora: ele era ventríloquo. Um dom que poucas pessoas possuem que é o de falar sem abrir a boca. Dizem que é uma técnica de emitir os sons pelo estômago. Aliás, um grande ventríloquo que existiu no Brasil foi o pai das cantoras Linda e Dircinha Batista. Chamava - se Batista Junior e se apresentava em circos e teatros. E, de lambuja, era um grande compositor.

Mas, seguindo no causo. O Padre Antônio sobe na charrete com o caipirinha Zequinha, ruma a fazenda do meu padrinho pra rezar uma missa. Logo na saída, o padre pergunta se era longe a tal fazenda, ao que o menino prontamente e muito espertamente lhe responde que levaria uns pares de horas. O que dava pra entender que era longe pra cacete e a viagem ia ser dolorosa ou dolorida para um padre que não estava acostumado a meter a bunda no banco duro de uma charrete velha conduzida por uma eguinha lerda.

PADRE – Oh, menino! Você sabia que os animais conversam?

ZEQUINHA – Entre eles, eu sabia, sim sinhô. Eles cunvérsa bastante.

PADRE – Não, filho. Estou dizendo que os animais conversam com a gente. Conosco. Mas para isso é preciso conversar com eles com muito amor. Você quer ver os animais conversando comigo?

Aí o menino, esperto, se encanta e atiça.

ZEQUINHA – Ara, sêo padre. Essa eu tô pagando pra vê. Animar conversa cum gente. Essa nunca vi não sinhô. E o sinhô me adiscurpa, mas num querdito.

PADRE (falando para a égua) – Dona eguinha! Está muito pesada a charrete? (E faz a voz da égua sem abrir a boca) Tááá...sêo padre.

O menino, num susto, pára a charrete.

ZEQUINHA (gaguejando) – Sêo...padre... a égua falo...a minha égua...respondeu pru sinhô...eu escutei...

PADRE – Todos os animais conversam com a gente. Quer ver mais?

O padre olha um urubu nos céus e fala:

PADRE – Bom dia, urubu. (E faz voz.) Bom dia, parceiro. Bom dia, sêo padre.

E assim o Padre Antônio foi se divertindo com a surpresa encantada daquele caboclinho, que viu com os próprios olhos e ouvia ali, in loco, os bichos falando com aquele padre. Com isso, a viagem, que poderia ser longa, terminou logo, logo.

ZEQUINHA – Óia, sêo Padre! O sinhô ta vendo aquela cabrita branca ali na grama? Por favor


 02/03/2012
 A Paciência do Minero
Lá pro lado de Belo Horizonte tem uma rocinha que fica na beira da BR-040, estrada pro Rio de Janeiro. Todo dia, três mineirinhos amigos se acocoram no capim pra pitar um fumo de rolo. Uma tarde, passou um carrão em disparada, deixando um rastro de poeira e óleo diesel. Uma hora depois, um dos mineirinhos falou: - Era um Ford… Continuaram em silêncio, fumando um cigarrinho de palha, até que duas horas mais tarde, o outro mineirinho respondeu: - Era não… era um Chevrolet. Pitaram mais um pouco e três horas depois, o terceiro mineirinho levantou-se devagar, bateu a poeira da roupa e disse para os outros dois: - Bão, eu vô imbora, porque detesto discussão.


 24/02/2012
Na fazenda  



É na fazenda do Tio Mézin, situada no pantanal sul-mato-grossense. Mézin foi o apelido que os peão pantaneiro colocaram no meu Tio Lindorfo por ele gostar de tomá um mé. Ele era um sujeito muito trunquííílo... Ele vivia numa época em que as onça davam igual braquiária. Era perigoso ir pescar sem uma zagaia ou espingarda boa. Num certo dia, Tio Mézin resorve acumpanhá sua esposa até o riachin a 50 metros da casa para ela lavar as panela. Andaram os 50 metros sem notar que estavam sendo vigiados. Quando chegaram na beiro do riacho, Tio Mézin, que também é veiaco, notou a presença de uma onça. Disse pra muié fica quetinha, levantô as oreia e foi oiando dentro do mato até que viu onde a marruá tava. A danada tava em cima de uma árvore que era caída pra dentro do rio. Tava meio mocada e olhava com uma cara de quem queria cumê. Tia Nezinda perguntô: "E agora home, você num troce sua ispingarda." Quem mandou ela falar isso!? Tio Mézin respondeu: "Você pera aqui que eu vô lá buscá. Mas num tira o zóio dela. Não dexa ela fugir." Tia Nezinda ficou branca quando se viu sozinha com a onça e, ainda mais quando viu a velocidade em que Mézin subia o morro para buscar a ispingarda. Ele subia tranquilamente, como se nada tivesse acontecendo, hehehe... passos curtos, dando tapas nos mosquitos... Uns quinze minutos depois, quando ele voltou, viu a mulher no mesmo lugar onde havia deixado e, quando olhou pra onça falou: "Nossa, ela desceu do gaio!" Tirou a bala do bolso, colocou na espingarda, deu um tiro certeiro na testa da onça e a levou pra casa para fazer tapete do couro dela. Trunqííílo... hehehe...
Fonte(s):
sitio do caipira - EPTV.com


17/02/ 2012



A Árvore que Dá Caneta 

LEOMAR BARALDI O seu Gonçalves recebeu o sobrinho para uma temporada de férias no sítio. Era sempre assim, quando entrava de férias o sobrinho Eurico vinha para o interior. Andando pelos campos, sabe como é estudante em férias, onde o tio ia ele ia atrás. Tinham ido levar sal para um gado que ficava num pasto distante da sede da propriedade. Era de tarde, e para aproveitar bem a presença no campo, que é sempre agradável, eles foram e estavam voltando a pé. Desde que deixaram o pasto, o sobrinho deu de testar a inteligência do tio. O tio caía em todas. Assuntos de física quântica, física não sei das quânticas, pressão tromosférica, urânio, bomba atômica. E o sobrinho ia tirando uma com o tio em todas. O tio só de rabo de olho nele. E o sobrinho perguntava se o tio sabia o que era cálcio, e o tio não sabia, e era aquela gozação. Passando próximos de uma árvore bem folhada e frondosa, o tio parou e falou: -Sobrim, ta veno essa arve? -Estou sim, tio. -Essa arve dá caneta. -Ah, tio, é invenção sua! -To ti falano, essa arve dá caneta. -Não acredito! -To te falano. U teu tio ia minti pro ce! Vai lá di baxo e conferi. É qui já foi u tempo de caneta, mais as veis o ce consegue vê arguma qui num caiu. O sobrinho foi até embaixo da árvore. Deu certo que era uma amoreira em fim de tempo de amora, tinha só umas espalhadas aqui e ali. Deu certo que tinha um sanhaço num galho acima, e sabe como é, deu uma soltada, sabe como é passarinho, não sabe segurar vontade. Tpéf! Uma daquelas borradas de acertar em cheio. Bem no ombro do sobrinho. Uma roda assim azulada da fermentação das amoras que ele tinha comido. O seu Gonçalves não agüentou, já logo gritou: -Ah meu sobrinho, acontece de arguma tá sem tampa!

22/01/2012
Mistério do Interior
-Viajando pelo interior de Minas, o sujeito sente seu carro falhar e, sem alternativas, pára no acostamento. Ele não entende nada de mecânica, mas como não há nada para se fazer, ele abre o capô, mexe de lá, mexe de cá e não chega a nenhuma conclusão, até que ele ouve uma voz misteriosa:
Foi o cabo da vela que se soltou! Ele olha para todos os lados, mas não vê ninguem e a voz insiste:
Veja o cabo da vela. Deve estar solto! Novamente ele não vê ninguem, além de um cavalo que estava junto à cerca. Então ele examina o cabo da vela e confirma: alí estava o defeito. Aliviado, ele liga o carro e segue o seu caminho. Logo adiante ele pára em um boteco, na beira da estrada para tomar um café e resolve contar o acontecido. Um dos presentes pergunta: — De que cor era o cavalo que estava junto à cerca? — Preto! — responde ele.
- Você deu foi sorte... — emenda outro caipira — Porque o cavalo branco não entende nada de mecânica! 

10/02/2012
A VINGANÇA DO CAIPIRA:
Quem,como eu, já foi vendedor externo, tem muito causo prá contar; alguns bem engraçados, outros, além do humor que diverte ,traz também lições que a gente aproveita. Este caso, foi um deles. Numa cidade do interior de São Paulo. com uma economia sólida baseada na agricultura, havia, como não podia deixar de ser ,uma grande concessionária de implementos agrícolas, tratores, caminhões, máquinas, as mais modernas e diversas para ajudar os agricultores. O gerente dessa maxi-loja gostava de ler e, indicado por um amigo comum, marquei uma entrevista com ele. Marcada para as 10hs cheguei ás 9.30, pois o bom vendedor nunca deixa o cliente esperando. Sentei-me nas confortáveis cadeiras do saguão, onde bundas trocentas vezes mais poderosas que a minha, sentavam para realizar negócios milionários, peguei num jornal e fiquei esperando a minha hora. Aí vi, o caipira. Chegou de mansinho, com seu chapéu de palha meio desconjuntado, uma alpargata de couro, mal cheirosa e uma calça surrada. Encaminhou-se para os possantes caminhões 
International - Harvester e começou a examiná-los. Apesar de haver bem uns cinco vendedores disponíveis no salão, ninguém se aproximou dele. Cansado de olhar sozinho, o velho dirigiu-se a um deles, engomadinho, com cara de quem tem o rei na barriga, cheio de empáfia, O velho perguntou o preço do veículo. Do alto da sua imponência, o vendedor respondeu: -Muito caro. -Sim, mas quanto? O vendedor citou uma quantia com muitos zeros e o velho falou, sereno. -Quero dez. Espantado, o moço começou a rir, chamou um colega, comentou qualquer coisa, riram ambos e disseram; -Ninguém merece !olha o que me aparece nessa sexta-feira. O velho insistiu que queria ver o gerente. Irritado o vendedor falou: -Não pode. Está ocupado. E,apontando prá mim: -essa moça está esperando. O caipira atravessou o salão,abriu a porta onde estava escrito GERÊNCIA, em letras pretas e entrou. O colega comentou com o vendedor engomadinho: -Será que vai comprar alguma coisa? e,riram. O velho saiu da sala da gerencia, a tempo de ouvir o vendedor falar para o colega:- O caminhão que ele
comprar embrulho para presente. Logo surgiu o gerente, solicito, ligeirinho, mostrou os caminhões, o velho escolheu, o gerente foi fechar a venda, pois, já havia acionado o Banco do Brasil,e, já sabia com quem estava lidando. Quase na mesma hora, o gerente do B.B. chegava com um segurança, empunhando uma pasta 007. O velho, um dos maiores plantadores de soja de toda a região, que quase nunca aparecia em público, comprou á vistaos dez caminhões. Antes de ser posto no olho da rua ,o vendedor bonitinho teve que embrulhar todos os dez. Para presente.
  
 03/02/2012
VOU CONTAR UMA HISTÓRIA QUE ACONTECEU COM UM AMIGO, EM UM DIA DE PESCARIA:
Um dia um amigo foi pescar, jogou o anzol e pegou um tubarão! E não foi nem de dentro do barco, foi da praia mesmo! Mas rapaiiiz! O negócio foi bão e não termina aí não. O "pobrema" começou quando ele retirou o tubarão da água e puxou pra areia, não é que veio um jacaré nadando de dentro do mar, saiu da água e tentou abocanhar o tubarão na praia!!!!!!! Aí, um amigo do meu amigo deu uma paulada na cabeça dele e botou o bicho pra correr...
Cê acredita?!?!
Não! 

22/01/2012

Mistério do Interior
-Viajando pelo interior de Minas, o sujeito sente seu carro falhar e, sem alternativas, pára no acostamento. Ele não entende nada de mecânica, mas como não há nada para se fazer, ele abre o capô, mexe de lá, mexe de cá e não chega a nenhuma conclusão, até que ele ouve uma voz misteriosa:
Foi o cabo da vela que se soltou! Ele olha para todos os lados, mas não vê ninguem e a voz insiste:
Veja o cabo da vela. Deve estar solto! Novamente ele não vê ninguem, além de um cavalo que estava junto à cerca. Então ele examina o cabo da vela e confirma: alí estava o defeito. Aliviado, ele liga o carro e segue o seu caminho. Logo adiante ele pára em um boteco, na beira da estrada para tomar um café e resolve contar o acontecido. Um dos presentes pergunta: — De que cor era o cavalo que estava junto à cerca? — Preto! — responde ele.
- Você deu foi sorte... — emenda outro caipira — Porque o cavalo branco não entende nada de mecânica! 
14/01/2012
O Causo do Zé do Efeito” :Autor: Lucas Durand
A cidade de Araújos tinha um excelente time de futebol que deixou saudades! E o mais fabuloso e lendário jogador era o Zé do Efeito! Crem Deus Padre... tinha um efeito no pé que colocava a bola onde queria!
Araújos e Bom Despacho! Final de campeonato regional!
Primeiro tempo: Zero a zero! O goleiro de Bom Despacho pegava até vento! E o tempo passava!
Segundo tempo... quarenta e três minutos! O empate de zero a zero dava o título à cidade vizinha!
Pênalti!!! E a favor de Araújos!
Quem vai para a cobrança? Zé do Efeito, claro!
Quarenta e quatro minutos do segundo tempo! Lá vai Zé do Efeito para a bola!
Uma bomba!!!
O goleiro de Bom Despacho voou nela! Crau... Pegô!
O campo de futebol calou-se! Parecia o Estádio do Maracanã em 1950!
O goleiro de Bom Despacho quicou a bola fazendo cera para colocá-la em jogo novamente... Já comemoravam o título!
Quando a bola bateu no chão... rolou automaticamente para dentro do gol!
Araújos com o troféu nas mãos!!! A bola estava com um efeito tremendo ainda!
31/12/2011
Causos / Fordinho 29
Dito Preto, um amigo meu, caminhãozinho Ford 29 para puxar cana na Fazenda. Tinha comprado à prestação, mas o Fordinho estava acabado. Ele trabalhava com o caminhãozinho Fordeco durante a semana e no sábado colocava as varas no caminhãozinho e ia pescar. Naquele sábado, ele já tinha tomado 'umas e outras' e ia indo para o Rio Sapucaí. No meio da estrada, apareceu um guarda rodoviário. O policial fez sinal para ele parar. Dito Preto foi indo com o caminhãozinho pelo acostamento. 'Beeeeeeem' lá na frente parou. O guarda chegou e disse: - Deixa eu ver a carta... ...de motorista. - Seu guarda, não vou enganar o senhor. Não vou dizer que tenho carta porque eu não tenho. Comprei esse caminhãozinho para puxar cana na fazenda e ainda não deu pra comprar a... ...carta. - Então deixa eu ver o documento do caminhão. - Seu guarda, não vou enganar o senhor. Não vou dizer que tenho documento porque não tenho. Ainda não comprei não, senhor. - Não tem carta, não tem documento... - Mas todo mundo me conhece por essas bandas, seu guarda. É só perguntar. Todo mundo sabe que o caminhãozinho é meu. Quando tiver tempo, vou comprar a carta e o documento lá com o delegado. - Então acende os faróis. - Vai desculpar, seu guarda, mas o direito não tem. E o esquerdo tá queimado. - E a buzina? - Não vou dizer pro senhor que tenho, porque não tenho. Comprei o caminhãozinho à prestação e não deu pra colocar a buzina. - E o breque? Pelo menos o breque, o senhor... ...tem? - O senhor acha que se eu tivesse breque não tinha parado lá atrás, quando o senhor mandou? - Se eu for multar o senhor, a multa vai ser tão alta que nem vendendo o caminhãozinho o senhor vai poder pagar. Então, vai pescar de uma vez.
- Mas não tem bateria, seu guarda. O senhor ajuda a empurrar? E o guarda empurrou.
por Rolando Boldrim

23/12/2011
A HISTÓRIA DE ANA ROSA E CHICUTA 
enviado por Ramiro Vióla, de Botucatu-SP 

Quem é fã da dupla Tião Carreiro e Pardinho conhece bem a música “Ana Rosa”, de Carreirinho. Fato verídico ocorrido no passado em Botucatu-SP, “A Morte de Ana Rosa” mistura realidade e lenda, violência e religiosidade. 
Ana Rosa era casada com Francisco de Carvalho Bastos, conhecido pelo apelido de Chicuta, um Carreiro que trazia a mulher “num cortado”, ditado do povo da época em 1876. Temperamental e machista, Chicuta  tinha um ciúme doentio da esposa e começou a tratar mal Ana Rosa, tanto moralmente como fisicamente transformando a vida daquela mu-lher em um martírio. Ana Rosa, cansada de sofrer, resolveu fugir de casa, saindo a cavalo rumo à Botucatu-SP. Lá chegando, pediu abrigo e ajuda na casa de uma mulher conhecida por Fortunata Jesuína de Melo, proprietária de um Cabaré. Chicuta, quando chegou em casa e não encontrou Ana Rosa, como um louco saiu a procura da esposa e armou a vingança. Foi atrás da fugitiva e, chegando à Botucatu, contratou José Antonio da Silva Costa, o Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, o Minigirdo, para matarem Ana Rosa.[Quebra Suave]Costinha se fez passar por um bom homem e ofereceu cobertura para Ana Rosa deixar o marido. Mal sabia ela que caminhava para uma cilada mortal.
 Quando Costinha chegou com Ana Rosa nas proximidades do Rio Lavapés e ela viu seu marido, se deu conta da emboscada. A moça pediu à todos os santos para que não a matassem e mesmo assim os assassinos, sem piedade, consumaram o crime, esquartejando-a. Ana Rosa morreu no dia 21 de junho de 1885, com vinte anos de idade. Era nascida no Município de Avaré-SP.Os criminosos foram presos e condenados. Costinha após cumprir a pena saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore. Minigirdo morreu na prisão vítima da varíola. Chicuta, numa tarde de sexta-feira, ia voltando da cidade para a fazenda quando, em dado momento, o carro parou e ele, nervoso, batia nos bois, mas o carro não saía do lugar. Ao se deitar no chão para verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rodas separaram a cabeça de seu corpo.[Quebra Suave]A história de Ana Rosa é relatada na música “Ana Rosa” de Carreirinho, e gravada em 1957 pela dupla “Tião Carreiro e Pardinho”